Alimentação e Família

Alimentar-se é um ato inerente à condição de qualquer ser vivo para que possa crescer, desenvolver e reproduzir. Constitui ainda uma das fontes de prazer para o ser humano, que deve ser diariamente renovada. É também um ritual de comunicação e de integração entre pessoas e natureza. O primeiro núcleo da construção dos hábitos e crenças alimentares é a família. Portanto é importante entender como cada família funciona e constrói esses hábitos, isto é, rotinas diárias estabelecidas buscando uma finalidade. Sendo assim, cada família tem sua rotina alimentar baseada em crenças que podem variar conforme a cultura. 

Muitas vezes a cultura determina a escolha de certos tipos de alimentos, ou a forma como eles serão servidos, e a dinâmica familiar. Ou seja, se todos da família comem juntos ou separados, na rua ou em casa, alimentos frescos ou congelados. A identificação destes padrões alimentares é importante para a família perceber as mudanças necessárias. 

Do ponto de vista psicológico é pertinente entender que a alimentação vai além de fatores nutricionais, ela envolve emoções e sentimentos. As emoções podem afetar, de forma positiva ou negativa, um membro ou todo o sistema familiar.  Na clínica encontramos várias situações relacionando alimentação e comportamento psicológico não saudável, sendo as mais comuns a ansiedade, carência afetiva, distorção da imagem corporal, obesidade, anorexia, bulimia e baixa autoestima.

Diante disso, é oportuno lembrar que os pais são exemplos para a criança ou adolescente. É necessário que os mesmos estejam atentos, principalmente nas suas questões pessoais, para que possam servir como instrumentos facilitadores na construção de hábitos alimentares saudáveis dos filhos. 

 

Texto da psicóloga Anneliese Wiedemann.

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