Por que comemos tanto?

Quem já viu fotos antigas dos jantares dos avós ou bisavós? Repararam no tamanho dos pratos e copos? Se comparados com os de hoje, parecem de sobremesa… Nossos pratos, copos e ate talheres aumentaram de tamanho, e não só nossos utensílios, mas também, as embalagens.

Se você comprar uma embalagem grande de sabão em pó, vai gastar mais sabão, se comprar um vidro maior de shampoo, vai gastar mais shampoo. Na verdade, quanto maior a embalagem, mais usamos…. todos consumimos mais de embalagens grandes, seja lá, qual for o produto.

Mas, por que isso? Porque pacotes grandes sugerem uma norma de consumo, ou seja, o que é apropriado ou normal usar ou comer. 

Pratos e copos grandes aumentam também a quantidade de comida que colocamos nele, copos baixos e largos parecem ter menos líquido do que copos altos e finos. 

Já reparou o tamanho dos pratos dos buffet por quilo? Quanto maior o prato, maior o faturamento! Temos a tendência a preencher todo o prato com comida, não importa o tamanho… e quem ganha, são os restaurantes, e nós, alguns kg a mais….

Assim, para combater o comer sem sentido, livre-se das coisas em seu ambiente que fazem você comer demais:

– Não leve travessas na mesa;
– Procure comer em pratos menores e levá-los já servidos à mesa;
– Mantenham os doces fora de vista e passem os alimentos mais saudáveis ao nível dos olhos, tanto no armário quanto na geladeira;

– Não coma direto do pacote, alimentos a granel, como salgadinhos, pipoca, biscoitos, nos levam a compulsão.

– Veja o que vai comer – coloque tudo o que deseja no prato antes de começar a comer, em vez de comer diretamente da embalagem, coloque uma porção em um prato separado e guarde a embalagem.
– Coma na cozinha ou na sala de jantar, em vez de ficar em frente à TV, onde é provável que se perca a noção do quanto já comemos.

Uma dieta baseada na psicologia envolve mudanças de hábitos que evitam oportunidades para esse tipo de recaída. Ao contrário daquilo que parece óbvio e indiscutível, não é a fome que define as nossas escolhas alimentares. 

Dra Ariane Reolon Neves.

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