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A busca pelo “corpo perfeito” é um drama que afeta muitas mulheres e acaba causando mais problemas que benefícios.

Ele está em todos os lugares: da novela das 21h, aos milhares e milhares posts no Instagram. Que atire a primeira pedra quem nunca desejou ter um corpo diferente, exatamente igual àquele que nunca sai da mídia, com barriga chapada e músculos torneados. Mesmo sendo um objeto de desejado de muitas mulheres, o “corpo perfeito” é a raiz de muitos problemas de autoestima e de hábitos alimentares nada saudáveis.

“Atualmente está cada vez mais difícil para as mulheres alcançarem uma boa autoestima. Vivemos em uma sociedade que exige que elas sejam perfeitas em todos os aspectos de suas vidas, inclusive na aparência física”, diz a psicóloga Priscilla Leitner, do Instituto de Pesquisa do Comportamento Alimentar de Curitiba (IPCAC). Toda essa pressão acaba minando a autoestima das mulheres, que é o grande pivô de uma relação saudável com o próprio corpo. O que acontece a seguir não é surpresa pra ninguém: com uma autoestima fragilizada, é comum que mulheres adotem comportamentos alimentares prejudiciais para atender às exigências externas, que almejam a perfeição. O resultado? Doenças como compulsão alimentar e anorexia, além de alimentações restritivas e transtornadas. “Quando tratamos alguém com algum distúrbio ou dificuldade alimentar, as causas desses problemas estão intimamente ligadas à autoestima da paciente”, afirma Priscilla.

Para a psicóloga, a solução para dar um basta nesse ciclo vicioso está no autoconhecimento. “É preciso parar de olhar para fora, para os outros, e docar no que vem de dentro. Se atentar às necessidades e às limitações de seu próprio organismo, buscando uma alimentação prazerosa, que nutra seu corpo não só em termos calóricos, mas também afetivos, pode ser uma maneira de enxergar e tratar a si mesma com mais carinho e respeito”, finaliza.

Texto da diretor técnica e psicóloga, Priscilla Leitner para a revista VIVER Curitiba.

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